Os Tolos

Ecrã preto... som do despertador... (daqueles mesmos irritantes!)... o som é como se fosse do fundo de um túnel... e vai ficando mais claro até que a imagem aparece um pouco desfocada.
O gajo desliga o despertador com 1 pancada.
olha para a parede em frente(ainda desfocada)... e esfrega os olhos.
Mesmo depois de ver tudo claro, continua a esfregar os olhos.
Vai ao W.C...
(plano do espelho)
o olhar do gajo está preso no chão e vai subindo muito lentamente até ao ponto em que fica olhos nos olhos, no espelho. olhar muito triste... desolado.

(a camera fica dentro do armário...)
(ecrã preto)
abre a porta do armário (o tal que tem o espelho). retira de lá dentro um pente... tenta pentear-se... e apercebe-se que ñ consegue ver o seu reflexo... olha para dentro do armário (camera) e fecha a porta.

Sai disparado do prédio... a porta fecha-se atrás de si. E anda com passo rápido olhando para todos os lados... com um ar muito atento em tudo o que está a olhar.
De súbito, atravessa a estrada e carros apitam e derrapam no asfalto. Plano do seu passo acelerado, e sobe(a camera) focando o braço do gajo no momento em que está prestes a tocar nela.
Ela vira-se para traz surpresa e ele diz:
- "Eu tenho Amor! Eu tenho muito AMOR para dar! Eu não cobro... eu DOU! Eu DOU AMOR, se ficares comigo!"

Ela retira a mão dele com nojo. E apressa o seu passo até entrar num café próximo.
Ele fixa o olhos no chão, ar derrotado. e eleva-os lentamente, até começar a andar novamente num passo rápido... mas mais lento que o anterior. Vira a na esquina, desce as escadas... até parar numa passadeira e olhar para o seu lado.

Ao lado do gajo, está outra gaja. A camera foca a mão dele que aproxima-se do ombro dela.
Ela olha pra ele desconfiada e ele diz:
- "Eu tenho Amor! Eu tenho muito AMOR para dar! Eu não cobro... eu DOU! Eu DOU AMOR, se ficares comigo!"

Ela desata a correr em frente, mergulhando no emaranhado de incógnitos que passam a estrada...
Ele fixa o olhos no chão, ar derrotado. e eleva-os lentamente, até começar a andar novamente.
Percorra a rua até ao fundo. Mas já não olha para tudo com a atenção que inicialmente o fazia. Fá-lo com um ar mecânico e desanimado. Até que a sua cara muda de figura, rasgando-se num enorme sorriso. Corre até á gaja que acabou por lhe prender o olhar e diz:
- "Eu tenho Amor! Eu tenho muito AMOR para dar! Eu não cobro... eu DOU! Eu DOU AMOR... se ficares comigo..."

O frase vai-se perdendo. A voz tremendo... porque conformo-me ele dizia isto, ela esboçava um sorriso enorme...
ele entra em pânico... e desata a correr... olhando para trás... até ficar fundo preto.


Ecrã preto... som do despertador... (daqueles mesmos irritantes!)... o som é como se fosse do fundo de um túnel... e vai ficando mais claro até que a imagem aparece um pouco desfocada.
O gajo desliga o despertador com 1 pancada.
olha para a parede em frente(ainda desfocada)... e esfrega os olhos.
Mesmo depois de ver tudo claro, continua a esfregar os olhos.
Vai ao W.C...
(plano do espelho)
o olhar do gajo está preso no chão e vai subindo muito lentamente até ao ponto em que fica olhos nos olhos, no espelho. olhar muito triste... desolado.

(ecrã preto)

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Agora isto é o chamado teste clássico à literatura romana.

Quanto temos a condição animal como condição percursora de todo o desenvolvimento, é natural esquecer-mo-nos de que toda a evolução é feita à custa das plantas e dos crustáceos. Estes sim, os verdadeiros impulsionadores do sistema.

Um grande bem haja para todos eles!